Biologia - A descoberta de novas formas de comunicação entre as plantas

A descoberta de novas formas de comunicação entre as plantas

    Foi descoberta uma nova forma de comunicação entre plantas, que permite a troca de informações genéticas entre elas. Baseado no intercâmbio de material genético.

     A maneira típica pela qual as plantas se comunicam é por meio de elementos químicos liberados por meio de suas folhas e raízes. Então, descobrir que há uma troca de RNA é um novo conceito que jamais havia sido explorado, já que Acreditava-se que o RNA mensageiro era muito frágil e pouco durável. Os novos resultados mostraram que durante essa relação parasita milhares de moléculas de RNA mensageiro estavam sendo trocadas entre as plantas, criando um diálogo. Por meio desta troca, as plantas parasitas podem ditar o que a planta hospedeira deve fazer, como diminuir sua defesa, para tornar o ataque mais fácil.

    Essa descoberta poderá ser usada para ajudar no desenvolvimento de novas estratégias de controle de parasitas, já que elas são um grande problema para plantações que ajudam a alimentar algumas das regiões mais pobres da África. Isso seria feito com a modificação da informação do RNA mensageiro que a parasita usa para reprogramar a hospedeira. “O RNA mensageiro pode ser o calcanhar de Aquiles dos parasitas”

    Há algum tempo os biólogos sabem que todas as células vivas transmitem mensagens por meio de sinais elétricos — chamados de íons. Eles passam através das membranas de acordo com a concentração de íons de cada lado. O biólogo Edward Farmer, demonstrou como os pulsos viajam pelas membranas da planta através de longas distâncias. Elas são semelhantes a rudimentares sinapses animais. 

    Um estudo publicado no periódico "Biology Letters" mostrou que as plantas reconhecem membros da sua família e competem menos por água e espaço com elas do que com estranhos. Quando as vizinhas são desconhecidas, o vegetal tende a espalhar mais suas raízes, competindo com ela, do que quando está ao lado de plantas da mesma espécie. Dois anos depois, foi descoberto como elas reconhecem seus parentes: elas identificam compostos químicos secretados pelas raízes.