Crescimento Urbano:
Verticalização e Aglomerados Subnormais
O crescimento vertical,
também conhecido como verticalização urbana, é um fenômeno cuja origem se deu
há alguns anos. Com o constante desenvolvimento dos centros urbanos, a
tendência é que pessoas desloquem – se para esses locais, procurando mudar de
vida.
Há também o lado
negativo. Conforme o número de edifícios nessa área for aumentando, a
circulação de ar fica dificultada e ocorre até a formação de ilhas de calor.
O
processo de verticalização é praticamente inevitável e necessário para um país
que busca crescimento e estabilidade financeira, como é o caso do Brasil.
Urbanização
é o crescimento das cidades, tanto em população,
quanto em extensão territorial. O espaço rural transforma-se em espaço urbano
com a migração das pessoas dos campos para as cidades. Chamamos isso de Êxodo
Rural.
O processo de urbanização
no contexto do período industrial estrutura-se a partir de dois tipos de causas
diferentes: os fatores atrativos e os fatores repulsivos.
Os fatores atrativos são
aqueles em que a urbanização ocorre devido às condições estruturais oferecidas
pelo espaço das cidades, o maior deles é a industrialização.
Esse processo é característico dos
países desenvolvidos, onde o processo de urbanização ocorreu primeiramente.
Cidades como Londres e Nova York tornaram-se predominantemente urbanas a partir
da década de 1900, início do século XX, em razão da quantidade de empregos e
condições de moradias oferecidas.
Os fatores repulsivos são aqueles em que a urbanização
ocorre não em função das
vantagens produtivas das cidades, mas graças à “expulsão” da população do campo
para os centros urbanos.
Esse fenômeno
é característico dos países subdesenvolvidos e é marcado pela elevada
velocidade em que o êxodo rural aconteceu, bem como pela concentração da
população nas metrópoles. Tais cidades não
conseguem absorver esse quantitativo populacional, propiciando a formação de
favelas e habitações irregulares, geralmente precarizadas e sem infraestrutura.
Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a formação
de grandes metrópoles e até de megacidades, com populações que superam os 10
milhões de habitantes.
A industrialização, não acontece de forma igualitária em todo o mundo.
Nos países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de forma mais lenta
e gradativa, enquanto nos países de industrialização tardia, tal processo
manifesta-se de forma mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais.
As favelas ou aglomerados subnormais no Brasil são considerados como uma consequência da má distribuição de renda. A migração da população rural para o espaço urbano em busca de trabalho, nem sempre bem remunerado são fatores que têm levado
ao crescimento dos domicílios em favelas.
As favelas são associadas com a pobreza extrema e são vistas como o resultado
da distribuição desigual da riqueza no país. O Brasil é um dos países economicamente
mais desiguais do mundo, com 10% da sua população
ganhando 50% da renda nacional e com cerca de 8,5% da população vivendo abaixo
da linha da pobreza. No século XX, o governo brasileiro tem feito várias tentativas para
melhorar o problema nacional da pobreza urbana. Uma das maneiras encontradas
foi a erradicação das favelas que ocorreram durante a década de 1970, enquanto
o Brasil estava sob o governo militar. Estes programas de erradicação de
favelas removeram à força mais de 100.000 pessoas e colocou-as em projetos de
habitação pública ou de retorno para as áreas rurais das quais muitas
emigraram. O governo procurou
atualizar as favelas e integrá-las às cidades com a recém-urbanizada classe
média alta. À medida que essas "favelas atualizadas" tornaram-se mais
estáveis, começaram a atrair os membros da classe média baixa, empurrando os
antigos habitantes da favela para as ruas ou para fora do centro urbano e para
os subúrbios mais distantes das oportunidades e do progresso econômico.
Apesar de várias
tentativas de eliminar as favelas das principais cidades do Brasil como Rio de Janeiro e São
Paulo, a população pobre cresceu a um ritmo rápido, assim como as favelas
modernas os abriga desde o final do século passado. Este é um fenômeno chamado
de "favelização". Em
1950, apenas 7% da população do Rio de Janeiro vivia em favelas, hoje esse
número cresceu para 22% dos habitantes da cidade.
Urbanização
virou sinônimo de modernização econômica. Por exemplo, no começo do século
XVIII somente 3% da população residia no meio urbano. As cidades mais populosas
de que se tem conhecimento eram Paris e Londres, com pouco mais de 1 milhão de
habitantes cada. Atualmente, metade da população reside no meio urbano, o que
corresponde a aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas.
Entretanto,
é necessário cuidado na análise das estatísticas. Isso porque a urbanização tem
um conceito formal diferente para cada nação.
:) Muito bom!!!! Prof. Saulo
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