terça-feira, 2 de maio de 2017

Geografia - Crescimento Urbano

Crescimento Urbano: 

Verticalização e Aglomerados Subnormais


O crescimento vertical, também conhecido como verticalização urbana, é um fenômeno cuja origem se deu há alguns anos. Com o constante desenvolvimento dos centros urbanos, a tendência é que pessoas desloquem – se para esses locais, procurando mudar de vida.
Há também o lado negativo. Conforme o número de edifícios nessa área for aumentando, a circulação de ar fica dificultada e ocorre até a formação de ilhas de calor.
O processo de verticalização é praticamente inevitável e necessário para um país que busca crescimento e estabilidade financeira, como é o caso do Brasil. 
Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população, quanto em extensão territorial. O espaço rural transforma-se em espaço urbano com a migração das pessoas dos campos para as cidades. Chamamos isso de Êxodo Rural.
O processo de urbanização no contexto do período industrial estrutura-se a partir de dois tipos de causas diferentes: os fatores atrativos e os fatores repulsivos.
Os fatores atrativos são aqueles em que a urbanização ocorre devido às condições estruturais oferecidas pelo espaço das cidades, o maior deles é a industrialização.
Esse processo é característico dos países desenvolvidos, onde o processo de urbanização ocorreu primeiramente. Cidades como Londres e Nova York tornaram-se predominantemente urbanas a partir da década de 1900, início do século XX, em razão da quantidade de empregos e condições de moradias oferecidas.
Os fatores repulsivos são aqueles em que a urbanização ocorre não em função das vantagens produtivas das cidades, mas graças à “expulsão” da população do campo para os centros urbanos.

Esse fenômeno é característico dos países subdesenvolvidos e é marcado pela elevada velocidade em que o êxodo rural aconteceu, bem como pela concentração da população nas metrópoles. Tais cidades não conseguem absorver esse quantitativo populacional, propiciando a formação de favelas e habitações irregulares, geralmente precarizadas e sem infraestrutura.
Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a formação de grandes metrópoles e até de megacidades, com populações que superam os 10 milhões de habitantes.
A industrialização, não acontece de forma igualitária em todo o mundo. Nos países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de forma mais lenta e gradativa, enquanto nos países de industrialização tardia, tal processo manifesta-se de forma mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais.



As favelas ou aglomerados subnormais no Brasil  são considerados como uma consequência da má distribuição de renda. A migração da população rural para o espaço urbano em busca de trabalho, nem sempre bem remunerado são fatores que têm levado ao crescimento dos domicílios em favelas.
As favelas são associadas com a pobreza extrema e são vistas como o resultado da distribuição desigual da riqueza no país. O Brasil é um dos países economicamente mais desiguais do mundo, com 10% da sua população ganhando 50% da renda nacional e com cerca de 8,5% da população vivendo abaixo da linha da pobreza. No século XX, o governo brasileiro tem feito várias tentativas para melhorar o problema nacional da pobreza urbana. Uma das maneiras encontradas foi a erradicação das favelas que ocorreram durante a década de 1970, enquanto o Brasil estava sob o governo militar. Estes programas de erradicação de favelas removeram à força mais de 100.000 pessoas e colocou-as em projetos de habitação pública ou de retorno para as áreas rurais das quais muitas emigraram. O governo procurou atualizar as favelas e integrá-las às cidades com a recém-urbanizada classe média alta. À medida que essas "favelas atualizadas" tornaram-se mais estáveis, começaram a atrair os membros da classe média baixa, empurrando os antigos habitantes da favela para as ruas ou para fora do centro urbano e para os subúrbios mais distantes das oportunidades e do progresso econômico.
Apesar de várias tentativas de eliminar as favelas das principais cidades do Brasil como Rio de Janeiro e São Paulo, a população pobre cresceu a um ritmo rápido, assim como as favelas modernas os abriga desde o final do século passado. Este é um fenômeno chamado de "favelização". Em 1950, apenas 7% da população do Rio de Janeiro vivia em favelas, hoje esse número cresceu para 22% dos habitantes da cidade.
Urbanização virou sinônimo de modernização econômica. Por exemplo, no começo do século XVIII somente 3% da população residia no meio urbano. As cidades mais populosas de que se tem conhecimento eram Paris e Londres, com pouco mais de 1 milhão de habitantes cada. Atualmente, metade da população reside no meio urbano, o que corresponde a aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas.
Entretanto, é necessário cuidado na análise das estatísticas. Isso porque a urbanização tem um conceito formal diferente para cada nação.



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