terça-feira, 2 de maio de 2017

Redação - Evolução da Propaganda

Evolução da Propaganda

Crescemos acostumados com as inconveniências dos comerciais que interrompiam nossos programas de TV aberta, rádio e até mesmo revistas e jornais, quando estas eram as únicas opções de entretenimento e obtenção de informação. A situação não mudou muito com a internet, pois logo surgiram os pop-ups e banners genéricos, além de toda a sorte (ou azar) de spams. Hoje a técnica da Publicidade é tão elaborada que até mesmo os psicólogos auxiliam na produção de material de comunicação, de acordo com a tendência cultural e estilo de vida de quem se quer impactar.
Há relatos históricos do papel da Publicidade desde a antiguidade. Os egípcios já utilizavam técnicas de comunicação para estimular as vendas por meio de propagandas em papiros e anúncios em cartazes. Mas elas eram utilizadas ainda de forma intuitiva, não havia uma metodologia definida para alcançar o público-alvo.
Registros indicam que os primeiros anúncios com fins comerciais foram publicados em jornais da Inglaterra, em 1650. Naquela época, havia cerca de seis anúncios, em média, em jornais diários de Londres. Cem anos depois, em 1750, era comum encontrar mais de 50 anúncios por edição. Nos Estados Unidos, o primeiro anúncio de jornal foi publicado em 1704. Era um anúncio imobiliário.
Na virada do século XIX, as mulheres ainda lutavam para conquistar mais espaço e liberdade dentro de uma sociedade conservadora. Houve então uma grande sacada das agências: se as mulheres eram responsáveis pela maior parte das compras da família, por que não explorar o papel relevante delas na sociedade? Este pensamento foi fundamental na valorização das habilidades femininas nos processos criativos a fim de ganhar o mercado.
Há relatos de profissionais que relacionam a influência das mulheres no universo publicitário à criação da primeira propaganda com apelo sexual. A propaganda era de um sabonete facial e apresentava a seguinte mensagem: “A pele que você ama tocar”. Esta propaganda era ilustrada com a imagem de um casal. Na época, este anúncio representou um avanço na utilização da sexualidade como ferramenta publicitária.
Já a história da propaganda brasileira surgiu bem antes dos nossos atuais “reclames”, mesmo porque nos registros que datam de meados de 1800, data marco da história da propaganda brasileira, a mí­dia televisiva não existia. Desde a sua origem até os dias de hoje a propaganda passou por importantes e grandes mudanças acompanhando as necessidades mercadológicas que revolucionaram o mercado publicitário.
A história da propaganda brasileira nasce através de Pero Vaz de Caminha e sua carta ao Rei D. Manuel, o Venturoso, de Portugal. O que, por parte do Brasil e dos brasileiros, seria um exercí­cio permanente de marketing para escapar ao destino que Cabral lhe reservou: ser colônia.
De nossos í­ndios - que pintavam papagaios para vendê-los como araras, lesando o "consumidor" europeu, desprotegido de códigos ou leis - até nossos camelôs - que buscam novidades e oportunidades, vale tudo quando se trata de "vender" uma ideia ou produto. Ou seja: no Brasil, a propaganda está no sangue. Mascates, ambulantes e tropeiros foram os primeiros vendedores, pioneiros das vendas por telefone, catálogos e Internet. Com chuva e sol, calor, subindo rios e montanhas, atravessando matas, de barco ou em lombo de mula, a mercadoria era entregue nas mãos do freguês.
O sistema, eficiente, prosseguiu até a década de 50. Por meios de transporte mais modernos, bolsas, tecidos importados, coisas da China e da Ilha da Madeira eram levados aos lares brasileiros onde donas de casa, as maiores consumidoras do Paí­s, compravam em sistema de crediário em que valia a honra e a palavra. No Brasil colonial, a propaganda de boca mostrou ser tão eficaz quanto panfletos colados nos postes ou nas portas, que faziam a glória ou a ruí­na de qualquer um. E é com Tiradentes, com seus panfletos, seus cartazes e seus "santinhos" que o Brasil conhece a primeira campanha polí­tica para a Independência.
Sem a força da TV, do rádio, e sem saber o que era Comunicação, Tiradentes e suas ideias chegaram a todos os lares brasileiros. No final, o Brasil levou a melhor: o polí­tico foi enforcado, mas o Paí­s se tornou independente. Com a vinda de D. João VI em 1808 e a criação da Imprensa Régia, a colônia vira Reino e "civiliza-se". Enfim, o jornal é oficialmente publicado porque, na verdade, o primeiro fora criado em Londres por Hipólito da Costa, em 1806. Clandestino, de oposição, o "Correio Braziliense" foi proibido de circular no Brasil. Só com a criação da Imprensa Régia é que surge a "Gazeta do Rio", ainda em 1808. E depois dela, os anúncios.
Jornal, classificados, agência de propaganda. Este trio poderoso entra em cena em 1891, com a criação da "Empresa de Publicidade e Comércio". Os anúncios eram uma espécie de classificados de maior tamanho. E os grandes anunciantes, os remédios, fortificantes e elixires, prometem o vigor e o bem estar das senhoras. Porém, era comum encontrar propagandas falsas, pois não havia nenhuma regulamentação. Diante da crescente necessidade de evitar transtornos aos veículos de comunicação da época, teve início o processo de regulamentação das campanhas publicitárias.
E então, o Rádio revoluciona a vida brasileira, trazendo os jingles, a imaginação e o sonho. Ouvir "Jerônimo, Herói do Sertão" ou o "Direito de Nascer" pelo rádio foram experiências, segundo nossos avós, fascinantes.  Estamos no iní­cio dos anos 50, época da Rádio Nacional, dos programas de auditório, das disputas de Emilinha e Marlene e dos fã-clubes organizados, apelidadas pelos cariocas de "macacas
de auditório".
Nos anos dourados, a IAS, house-agency da Sydney Ross, era a maior agência do Paí­s. Antes da criação do outdoor, a mí­dia era feita em jornais, revistas, no rádio e nos bondes. Os cartazes colocados nas laterais internas dos bondes foram extremamente criativos.

Crescemos acostumados com as inconveniências dos comerciais que interrompiam nossos programas de TV aberta, rádio e até mesmo revistas e jornais, quando estas eram as únicas opções de entretenimento e obtenção de informação. A situação não mudou muito com a internet, pois logo surgiram os pop-ups e banners genéricos, além de toda a sorte (ou azar) de spams.  “A publicidade representa os hábitos de consumo de uma época e ajuda a formar o retrato de um período”, disse Geraldo Alonso Filho, diretor do Instituto Cultural da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Ao pensarmos na evolução da propaganda no brasil não podemos esquecer da proibição da publicidade infantil. Não é de hoje que se condenam anúncios dirigidos aos menores. Sutilezas, como o apelo às fantasias e personagens conhecidos, tem sido usados em profusão para manipular as cabecinhas ainda em formação para que se tornem, antes do tempo, plenos consumidores de produtos de todos os tipos.
O ministro Herman Benjamin, condenou de maneira geral a publicidade dirigida às crianças: “nenhuma empresa comercial e nem mesmo outras que não tenham interesse comercial direto, têm o direito constitucional ou legal assegurado de tolher a autoridade e bom senso dos pais. Este acórdão recoloca a autoridade nos pais”.
Essa decisão foi uma vitória importante para o Instituto Alana. Com uma década de existência, a organização tem o combate à publicidade infantil como uma de suas principais bandeiras.




Geografia - Crescimento Urbano

Crescimento Urbano: 

Verticalização e Aglomerados Subnormais


O crescimento vertical, também conhecido como verticalização urbana, é um fenômeno cuja origem se deu há alguns anos. Com o constante desenvolvimento dos centros urbanos, a tendência é que pessoas desloquem – se para esses locais, procurando mudar de vida.
Há também o lado negativo. Conforme o número de edifícios nessa área for aumentando, a circulação de ar fica dificultada e ocorre até a formação de ilhas de calor.
O processo de verticalização é praticamente inevitável e necessário para um país que busca crescimento e estabilidade financeira, como é o caso do Brasil. 
Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população, quanto em extensão territorial. O espaço rural transforma-se em espaço urbano com a migração das pessoas dos campos para as cidades. Chamamos isso de Êxodo Rural.
O processo de urbanização no contexto do período industrial estrutura-se a partir de dois tipos de causas diferentes: os fatores atrativos e os fatores repulsivos.
Os fatores atrativos são aqueles em que a urbanização ocorre devido às condições estruturais oferecidas pelo espaço das cidades, o maior deles é a industrialização.
Esse processo é característico dos países desenvolvidos, onde o processo de urbanização ocorreu primeiramente. Cidades como Londres e Nova York tornaram-se predominantemente urbanas a partir da década de 1900, início do século XX, em razão da quantidade de empregos e condições de moradias oferecidas.
Os fatores repulsivos são aqueles em que a urbanização ocorre não em função das vantagens produtivas das cidades, mas graças à “expulsão” da população do campo para os centros urbanos.

Esse fenômeno é característico dos países subdesenvolvidos e é marcado pela elevada velocidade em que o êxodo rural aconteceu, bem como pela concentração da população nas metrópoles. Tais cidades não conseguem absorver esse quantitativo populacional, propiciando a formação de favelas e habitações irregulares, geralmente precarizadas e sem infraestrutura.
Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a formação de grandes metrópoles e até de megacidades, com populações que superam os 10 milhões de habitantes.
A industrialização, não acontece de forma igualitária em todo o mundo. Nos países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de forma mais lenta e gradativa, enquanto nos países de industrialização tardia, tal processo manifesta-se de forma mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais.



As favelas ou aglomerados subnormais no Brasil  são considerados como uma consequência da má distribuição de renda. A migração da população rural para o espaço urbano em busca de trabalho, nem sempre bem remunerado são fatores que têm levado ao crescimento dos domicílios em favelas.
As favelas são associadas com a pobreza extrema e são vistas como o resultado da distribuição desigual da riqueza no país. O Brasil é um dos países economicamente mais desiguais do mundo, com 10% da sua população ganhando 50% da renda nacional e com cerca de 8,5% da população vivendo abaixo da linha da pobreza. No século XX, o governo brasileiro tem feito várias tentativas para melhorar o problema nacional da pobreza urbana. Uma das maneiras encontradas foi a erradicação das favelas que ocorreram durante a década de 1970, enquanto o Brasil estava sob o governo militar. Estes programas de erradicação de favelas removeram à força mais de 100.000 pessoas e colocou-as em projetos de habitação pública ou de retorno para as áreas rurais das quais muitas emigraram. O governo procurou atualizar as favelas e integrá-las às cidades com a recém-urbanizada classe média alta. À medida que essas "favelas atualizadas" tornaram-se mais estáveis, começaram a atrair os membros da classe média baixa, empurrando os antigos habitantes da favela para as ruas ou para fora do centro urbano e para os subúrbios mais distantes das oportunidades e do progresso econômico.
Apesar de várias tentativas de eliminar as favelas das principais cidades do Brasil como Rio de Janeiro e São Paulo, a população pobre cresceu a um ritmo rápido, assim como as favelas modernas os abriga desde o final do século passado. Este é um fenômeno chamado de "favelização". Em 1950, apenas 7% da população do Rio de Janeiro vivia em favelas, hoje esse número cresceu para 22% dos habitantes da cidade.
Urbanização virou sinônimo de modernização econômica. Por exemplo, no começo do século XVIII somente 3% da população residia no meio urbano. As cidades mais populosas de que se tem conhecimento eram Paris e Londres, com pouco mais de 1 milhão de habitantes cada. Atualmente, metade da população reside no meio urbano, o que corresponde a aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas.
Entretanto, é necessário cuidado na análise das estatísticas. Isso porque a urbanização tem um conceito formal diferente para cada nação.